Examinai as Escrituras

EXAMINAI AS ESCRITURAS

Descubra o segredo para uma vida mais feliz 

Hannah Whithall Smith

Nenhuma pessoa sensata pode negar o fato de que a maioria dos crentes não leva uma vida plenamente feliz. Um atento observador me disse certa vez:

"Parece que a religião de vocês, cristãos, os faz miseráveis. Vocês se assemelham a um homem com dor de cabeça. Ele não deseja se livrar da cabeça, mas ela lhe é uma contínua aflição. Não esperem que os de fora queiram para si algo tão desolador."

Foi nesse momento que vi, pela primeira vez, como num raio de luz, que a religião de Cristo deveria ser para o crente não um fardo que o tornasse miserável, mas alguma coisa que o fizesse feliz, de acordo com o propósito real de Jesus. Então comecei a buscar o Senhor para que me mostrasse o segredo de uma vida feliz.

E esse segredo, até onde pude penetrá-lo, que tentarei revelar a seguir.

Estou convencida de que todos os filhos de Deus sentem, instintivamente, em seus momentos de divina iluminação, que uma vida de descanso e vitória lhes é um direito inalienável. Será que já nos esquecemos do grito de triunfo que nossa alma deu, quando tivemos o primeiro encontro com Jesus e recebemos a gloriosa visão de seu maravilhoso poder salvador? E naqueles dias, como era grande a convicção de vitória que tínhamos! Parecia-nos muito fácil ser mais do que vencedores por Aquele que nos amou. Sob a liderança de um Capitão que jamais perdeu uma única batalha, como poderíamos pensar em derrota?

No entanto, a experiência real da maioria dos cristãos está bem distante disso. As vitórias de muitos têm sido poucas e passageiras, e as derrotas, abundantes e desastrosas. Não têm vivido como sentem que deveriam viver os filhos de Deus. Talvez até possuam uma compreensão clara das verdades como doutrina, mas não entraram na posse de sua vida e poder. Estão satisfeitos com o mero conhecimento dos fatos revelados nas Escrituras, mas não têm uma consciência plena da realização daqueles fatos na sua própria alma. Creem em Jesus, falam dele e o servem, mas não o conhecem como a vida atual e verdadeira que permanece na alma para sempre e nela se revela em sua beleza.

Eles acharam o Jesus Salvador do castigo do pecado, mas não encontraram o Jesus Salvador do poder do pecado. Estudaram atentamente as Sagradas Escrituras e retiraram delas muitas verdades preciosas que, acreditavam, alimentariam e nutririam sua vida espiritual. Mas, apesar de tudo, sentem a alma faminta e agonizante dentro deles, e ficam a suspirar pelo pão e pela água da vida prometidos nas Escrituras a todos os crentes. No mais profundo do seu ser sabem que não vivem de acordo com os ensinos bíblicos. E dentro deles o coração vai se enfraquecendo, enquanto dia a dia, ano após ano, suas visões de triunfo se apagam lentamente. Então são levados a se convencerem de que o melhor que podem esperar da sua religião é uma vida que alterna vitórias e fracassos ora pecando, ora se arrependendo, e em seguida recomeçando para novo fracasso e novo arrependimento.

Mas será essa a nossa realidade?

Seria isso que o Senhor Jesus tinha em mente quando entregou sua vida preciosa para nos livrar de nossas aflições e do cativeiro cruel do pecado? Teria sido propósito dele nos conceder apenas uma libertação parcial? A intenção dele era nos deixar nessa luta desesperada sob uma angustiante consciência de derrota e fraqueza? Será que ele temia que uma vida de vitórias constantes viesse a desonrá-lo e trazer vergonha para o seu nome? Quando todas aquelas declarações sobre sua vinda e sobre o trabalho que ele deveria realizar foram feitas, elas se referiam apenas a isso que muitos têm experimentado? Teria havido alguma reserva oculta em cada promessa, com o intuito de impedir propositadamente seu cumprimento integral?

Será que a expressão bíblica "Ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos" (2 Rs 17.39) significa que eles devem ainda nos dominar? E esta de Paulo: "Deus... sempre nos conduz em triunfo" (2 Co 2.14), quer dizer que só triunfaremos de vez em quando? E esta outra: "Somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Rm 8.37) significa falhas e fracassos constantes? E quanto a "salvar totalmente" (Hb 7.25), refere-se a essa pobre salvação que vemos manifestada entre nós?

Qual a ideia que fazemos do Salvador que foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades? Será que, vendo ele o resultado do seu sacrifício na vida dos crentes que lotam, hoje, nossas igrejas, sente-se satisfeito? A Bíblia diz que "para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo" (l Jo 3.8). Será que achamos que isso está além do seu poder, e que ele é incapaz de realizar o propósito para o qual veio?

Vamos começar, então, a nos firmar no fato de que Jesus veio nos salvar do poder e do domínio do pecado, agora, nesta vida, e nos fazer mais do que vencedores pelo seu poder. E se você duvidar disso, examine sua Bíblia e marque todas as afirmações e declarações sobre os propósitos e objetivos da morte de Jesus na cruz. Você ficará surpreso ao descobrir o quanto eles são completos. Verá que sempre, e em cada lugar, se afirma que seu trabalho tem o propósito de nos libertar dos nossos pecados, do nosso cativeiro, das nossas manchas. E não há uma insinuação sequer de que essa libertação seja a liberdade parcial e limitada com a qual a maioria dos crentes tenta se satisfazer.

Meu desejo é dividir com o leitor o ensino que encontrei nas Escrituras sobre esse assunto.

Quando o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, e anunciou o nascimento de Jesus, disse: "E lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1.21).

Quando Zacarias ficou "cheio do Espírito Santo", por ocasião do nascimento do seu filho, ele "profetizou", dizendo: "Deus... visitou o seu povo “a fim de cumprir a promessa e o juramento que lhe fizera. E a promessa foi ''que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias" (Lc 1.67-79).

Quando Pedro estava pregando aos judeus maravilhados, no pátio do templo, disse: "Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vós outros para vos abençoar, no sentido de que cada um se aparte das suas perversidades"(At3.26).

Quando Paulo estava dizendo à igreja de Éfeso a maravilhosa verdade de que Cristo os havia amado tanto a ponto de dar a si mesmo por eles, prosseguiu e declarou qual fora o propósito do Senhor em agir assim com a igreja. Era para que a "santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito" (Ef 5.26,27).

Quando Paulo estava instruindo Tito, seu filho na fé, a respeito da graça de Deus, declarou qual era o objetivo daquela graça. Era ensinar-nos "para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente" (Tt 2. 12). E como razão desse proceder, declara que Cristo "a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras" (Tt 2.14).

Pedro, ao exortar os crentes, aos quais escrevia, a viverem de modo santo, segundo o exemplo de Cristo, ele lhes diz: "Para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca" (l Pe 2.21,22). E acrescenta: "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para o pecado, vivamos para a Justiça; por suas chagas, fostes sarados” (v. 24).

Paulo, ao contrastar, na carta aos efésios, a vida do crente com a de um incrédulo, expõe a verdade a eles da seguinte maneira: "No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompeu segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (4.22-24).

E, em Romanos 6, Paulo responde de uma vez por todas à pergunta sobre a possibilidade de um filho de Deus viver no pecado. Ele mostra o quanto isso é estranho ao princípio e ao alvo da salvação em Jesus. Nesse momento, ele suscita o fato de havermos morrido e ressuscitado com Cristo como um argumento irrefutável da real libertação que dele obtivemos, e diz: "De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos balizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (v. 2-4). E acrescenta: "Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos" (v. 6) É um fato, muitas vezes negligenciado, que, nas declarações concernentes ao propósito da morte de Cristo, se faz muito mais menção de uma salvação presente do pecado do que de uma salvação em um céu além. Isso mostra claramente a avaliação de Deus da importância relativa às duas.

E você, amado irmão, aceitará o testemunho das Escrituras sobre esse assunto?

As mesmas perguntas cruciais que atormentavam a igreja nos dias de Paulo atormentam-na hoje. A primeira é: "Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?" (Rm 6.1.) E a segunda: "Anulamos, pois, a lei pela fé?" (Rm 3.31.) Enfática, como a de Paulo, seja a nossa resposta: "De modo nenhum!" E façamos nossas suas triunfantes declarações de que, em vez de anulá-la, nós "confirmamos a lei" (Rm 3.31); e de que "o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8.3,4).

Sabemos que Deus é santo e que odeia o pecado no pecador. Sendo assim, ele poderia estar disposto a tolerar o pecado no crente? E mais, podemos supor, por um momento, que ele tenha preparado o plano de salvação de modo a impedir que aqueles que estão salvos da culpa do pecado encontrem a libertação pelo seu poder?     

O Dr. Chalmers disse o seguinte: "Pecado é aquele escândalo que deve ser desarraigado da grande casa espiritual na qual a Divindade se regozija. Estranha aplicação é esta: o pecado que Deus tanto odeia, a ponto de condenar à morte o pecador, deve ser permitido, quando este mesmo pecador é readmitido à vida; e aquilo que era antes o objeto de destruidora vingança deve agora ser o objeto de uma tolerância apoiada e protegida. Agora que a pena do pecado foi removida, pensais vós seja possível ao Deus imutável largar de mão seu ódio ao pecado de modo a permitir que o homem agora redimido tenha indulgência, sob o novo plano, naquilo que sob o velho o destruía? O Deus que amava a justiça e odiava a iniquidade há seiscentos anos não manterá o mesmo amor à justiça e ainda o mesmo ódio à iniquidade? Agora respiro a fragrância da bondade celestial e posso andar perante Deus em paz e na sua graça; tentarei novamente a aliança incompatível de dois princípios tão adversos como a de um Deus aprovador e um pecador persistente? Como continuaremos nós, que já nos recuperamos de tão terrível catástrofe, naquilo que nela nos havia lançado? A cruz de Cristo, com o golpe poderoso e decisivo, pelo qual removeu de nós a condenação do pecado, também remove de nós seu poder e seu amor".

Concordo com o Dr. Chalmers e com vários outros santos homens de sua geração que declararam que a redenção realizada na cruz do Calvário pelo Senhor Jesus Cristo é uma redenção tanto do poder como da culpa do pecado, e que ele é capaz de salvar totalmente a quantos por ele se cheguem a Deus. Um velho ministro quaker do século XVII disse: "Nada há tão contrário a Deus como o pecado, e Deus não suportará que o pecado tenha domínio permanente sobre sua obra-prima - o homem. Quando consideramos a infinitude do poder de Deus para destruir aquilo que lhe é contrário, quem pode crer que o diabo irá sempre permanecer e prevalecer? Destoa da verdadeira fé o fato de um povo ser cristão e, contudo, crer que Cristo, o eterno Filho de Deus, a quem foi dado poder na terra e no céu, tenha de suportar o pecado e o diabo mantendo domínio sobre ele.

"Mas alguém vai dizer que nenhum homem pode se redimir pela sua força, e que ninguém pode viver sem pecado. Diremos amem a isso. No entanto, se os homens nos dizem que o poder de Deus vem para nos ajudar e remir do pecado, mas que isso não pode ser realizado, então não podemos concordar com essa doutrina; nem creio que o leitor concorde.

Seria certo eu dizer que Deus envia seu poder para fazer determinada coisa, mas o diabo o impede? Que Deus se vê impossibilitado de realizar a tal coisa, porque o diabo não se agradou dela?

Que seja impossível alguém ser libertado do pecado, em virtude de o diabo se ter apoderado dele de modo que Deus não o possa expulsar? Essa é uma doutrina lamentável; contudo não tem sido ela pregada? O que ela ensina é o seguinte: embora Deus interponha o seu poder, é insuficiente, porque o diabo fez com que o pecado se arraigasse profundamente na natureza humana.

"Não é o homem uma criatura de Deus, e não poderá o Senhor renová-lo, expulsando dele o pecado? Se disserem que o pecado está profundamente arraigado no homem, tenho de concordar; entretanto, Jesus Cristo penetrou tão profundamente na raiz da natureza humana que pôde destruir o diabo e suas obras, recuperando e redimindo o homem para uma vida de retidão e santidade. Ou, então, não será verdade que 'ele pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus' (Hb 7.25). Devemos jogar fora a nossa Bíblia se dissermos que não é possível a Deus libertar o homem do pecado.

"Se tivéssemos amigos prisioneiros em alguma parte do mundo, iríamos nos apressar para libertá-los com o nosso dinheiro. Porém, jamais gastaríamos nosso dinheiro se, após pago o resgate, eles continuassem ainda em suas cadeias. O que uma pessoa pensaria, depois de pagar alto preço pela libertação desses amigos se, após realizado o acordo, tivesse de vê-los ainda cativos e acorrentados? Não é verdade que se sentiria ludibriada? E por quanto tempo deveriam permanecer assim algemados? Tantos forem os dias de sua vida. Isso quanto ao corpo, mas agora estou falando de almas.

"Cristo foi feito redenção por mim e libertou-me do cativeiro. Devo eu ser ainda um prisioneiro? Sim. 'Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado', disse Cristo (Jo 8.34).

"Se tenho cometido pecado, sou um escravo, um cativo que deve ser redimido do cativeiro. Quem pagará o preço por mim? Sou pobre; nada tenho; não posso redimir a mim mesmo. Quem pagará o preço por mim? Há um que veio e pagou o preço por mim. Isso é maravilhoso! Boas novas, de fato! Então, espero sair do meu cativeiro. Qual é o seu nome? Ele se chama Redentor? Espero, então, a minha redenção e que serei libertado do meu cativeiro. Não, dizem eles, você deve permanecer no pecado enquanto viver. Mas como?! Jamais deveremos ser libertados? Permanecerá sempre este coração torto e perverso? Devemos ser crentes e, contudo, sem fé para viver uma vida de santificação? Não há domínio nem vitória sobre o pecado? Deve ele prevalecer sobre nós durante toda a nossa vida? Que tipo de Redentor é esse? E que benefício usufruímos da nossa redenção?'

Poderíamos fazer citações semelhantes da parte de Marshall e Romaine, e vários outros para mostrar não ser nova na igreja essa doutrina. Contudo, a presente geração de crentes a perdeu de vista. Ela é a mesma velha história que encheu de cânticos de triunfos o viver diário de muitos santos de Deus, tanto católicos como protestantes, através dos tempos, e que novamente agora ressoa para o gozo indizível de almas cansadas e oprimidas.

Não a rejeite, então, caro leitor, até que tenha, em oração, examinado as Escrituras para entender a verdade. Peça a Deus que abra os olhos do seu entendimento para que possa saber "qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais" (Ef 1.19,20). E quando você começar a ter algumas visões ténues desse poder, aprenda a desviar os olhos da sua própria fraqueza, e, pondo o caso nas mãos do Senhor, creia que ele o libertará agora.

"Quando saíres à peleja contra os teus inimigos e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, não os temerás, pois, o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, está contigo. Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará e falará ao povo, e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar." (Dt 20.1-4.)

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Este artigo foi adaptado do livro O Segredo de Uma Vida Feliz, publicado pela Editora Betânia.

Foto: Aaron Burden

CruzVida com deus

1 comentário

carlos lacerda

Os cristãos realmente são felizes e não dependem de nada deste mundo. Dependem apenas de seu relacionamento com Deus através do Sr Jesus Cristo. Mas como a grande maioria se transformou ao longo dos anos em meros religiosos q batem o ponto semanalmente em sua denominações, ah, estes são miseráveis mesmo! E não precisa ir muito longe, basta vc olhar para dentro de vc mesmo ou ao seu redor. abraços

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